30 de agosto de 2010

Cinema - 10 Melhores Posters de Filmes

Por: Lucas Sá

Eu sou um amante dos posters, acho uma peça fundamental na construção narrativa e psíquica do filme. É com ele que o espectador tem o primeiro contato com a obra antes de vê-la, e se esse encontro for bem sucedido, o cinema ganha mais um ingresso faceiro.
Enfim... Essa é minha seleção dos 10 melhores cartazes até o momento:





hhhhhhhhhllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll

28 de agosto de 2010

Curta - Verbena e Limão

Por: Lucas Sá


Ontem aconteceu em São Luís-MA o III MA Vídeo de Bolso, festival que exibe vídeos produzidos por Câmeras Digitais e celulares. Eu concorri com meu curta "Verbena e Limão", dirigido/editado/produzido por mim ( Lucas Sá ) e por Lucas Kurz. Ele foi feito com câmera digital de 9.0 mp e gastei 12 reais nas preciosas garrafas de Coca-cola.

O curta conta com várias referências... como Gaspar Noé e Michelangelo Antonioni. Enfim, cabe a vocês analisá-lo, porque eu fazer uma crítica do meu próprio curta é meio " Freak ".


Please Enjoy...


25 de agosto de 2010

Cinema - Rejeitados pelo Diabo

Por: Lucas Sá

Rob zombie é um metaleiro que saiu da banda White Zombie para fazer carreira solo, depois disso ele simplesmente resolveu fazer filmes! Apaixonado pelo universo macabro, o nosso amiguinho fez um dos melhores Road Fuck Movie que há tempos não viamos igual. Estou falando de "Rejeitados pelo Diabo"-2005, nome que até Deus concorda!

O filme anterior de Zombie foi "A Casa dos 1000 corpos", não é um filme ruim mas também não é bom, fica entre o meio termo, sendo que nele já se observa o estilo de filmagem de Zombie. A filamagem é bem crua sem muito cuidado estético, o que nos remete aos filmes trash dos anos 70/80, os personagens e as situações foram sem dúvida influênciadas pelo "Massacre da Serra Elétrica", voltando aos personagens, encontramos Otis (estuprador, assassino), Baby (assassina), o irmão deformado (assassino), o palhaço Captain Spaulding (assassino) e a Mamãe Firefly (assassina) , ainda tem a participação de Danny Trejo ( o idolatrado, Machete ). Todos da família Farefly voltam em "Rejeitados pelo Diabo", de certa forma muito melhores e mais maduros do que no filme anterior...

Os membros da família que se tornam os "protagonistas" são Baby, Otis e o Captain Spaulding. Otis está mais maduro e focado na matança utilizando um visual "metaleiro decadente sujo de areia do texas". Captain Spaulding ainda se veste de palhaço, mas sendo um coroa trambiqueiro que conhece toda a máfia. E Baby interpretada por Sheri Moon Zombie ( casada com Rob Zombie ) é um dos pontos altos do filme! Sendo uma vadia vingativa que esconde atrás dos seus cachos dourados uma puta descontrolada com uma faca na bota de couro de phyton. Shari Moon da ao personagem um tom cômico e ao mesmo tempo realista. Ela está em todos os filmes de Zombie, desde "A Casa dos 1000 Corpos" até " The Haunted World of El Superbeasto " (animação desenhada e escrita por ele) . As suas invenções se tornaram mais reais e mais humanas do que no seu primeiro filme, onde tudo parecia caricato, talvez este tenha sido o "problema" de " A Casa dos 1000 Corpos " .

O cenário da casa velha, posto de gasolina e túneis subterrâneos tirados dos filmes trash é substituído pela areia quente do Texas, motéis de beira de estrada e por prostíbulos decadentes. Rob Zombie tenta ajustar o filme em uma espécie de Road Movie que envolve uma perseguição policial devido rastros de tortura e matança deixados pela família Firefly. O fator ''sobrenatural" presente no filme anterior é esquecido e assim ele fortalece o que já havia comentado sobre o relealismo desejado.
A trilha sonora é um dos componetes indispensáveis do filme, a qualidade das músicas escolhidas por Zombie são dignas de aplauso. Bandas e cantores como: Lynyrd Skynyrd, Otis Rush, Three Dog Night, The Allman Brothers Band, Kitty Wells... Uma mistura de Country e Soul que se combinam e elevam ainda mais a beleza das cenas. Podemos ver um exemplo dessa combinação ( cena + música = pulando na cadeira!!! ) na cena final do filme, que eu resumo em apenas uma palavra, ESTUPIDAMENTEBRILHANTE! , a música usada foi a clássica "Free Bird" da banda Lynyrd Skynyrd. Sem dúvida é o primeiro lugar da minha lista imaginária de finais, em segundo vem a morte do dublê Mike em " À Prova de Morte " do Tarantino; falando nele, que também adorou o filme até convidou Rob pra fazer um dos trailers falsos de "Grindhouse".

E é com a cena final do filme que percebemos o quanto estamos ligados emocionalmente com Otis, Baby e Captain Spaulding, pois nós sentimos pena por eles. Rob Zombie inverte o os sentimentos do espectador, de início temos repulsa a eles, mas com o decorrer da fita nos indentificamos com a fuga e a luta pela sobrevivência, e no fim nos resta aceitarmos a tragédia.
" Chinese, Japanese, dirty knees,
look at the these! " - Baby Farefly

20 de agosto de 2010

Falkenbach - Ok Nefna Tysvar Ty




Por: Lucas Abreu

Sem dúvida alguma um dos álbuns que eu mais gosto de escutar. É simplesmente perfeito em cada faixa...a própria música se contém com melodias que soam simples aos ouvidos. Já havia pesquisado música folclórica nórdica antes, onde é fácil encontrarmos flautas e outros instrumentos culturais interessantes. E é nesse ponto que o Ok Nefna Tysvar Ty surpreende, pois Vratyas Vakyas consegue encaixar de forma perfeita a música folk nórdica com o metal de forma incrível!
Interessante como as músicas são em inglês, old Norse(norueguês antigo) e latim. Isso nos dá uma mostra da singular criatividade deste músico não muito conhecido. É uma pena que a banda tenha encerrado as suas atividades, mas espero ainda mais álbuns!
O cd já começa com a épica "Vanadis" que é o ponto alto do álbum, Tyrann canta de forma leve e simples sincronizando muito bem a voz à melodia executada. A segunda faixa, "...As long as winds will blow" começa com uma melodia muito bonita no violão e mantém o peso deixado pela faixa antecessora. A terceira faixa, "Aduatuza", tem guitarras mais marcantes com o teclado fazendo tema durante o riff principal. Gostei muito desta terceira faixa, os vocais de Tyrann estão de muito bom gosto nela e o riff da guitarra é simples e funciona bem.
A quarta é "Donar's Oak", nessa música o ponto alto é a bateria dá vontade de pegar as baquetas só de ouvir a linha de bateria dela! O interlúdio de violão e flauta traz mais pulsação ainda à música. A quinta música, "Into The Ardent Awaited Land", é calma, funcionando mais como um interlúdio no meio do cd. "Homeward Shore" vem para resgatar o tom épico da primeira faixa do cd e consegue. E pqp que música linda! No final como se não já bastasse um cd praticamente perfeito sobre todos os aspectos, vem "Farewell" que encerra de forma magistral com melodias de violão e voz de fazer chorar!
Mas eu fiquei fulo com uma coisa só: Não tem baixo! Como pode?? Mas mesmo assim nota 9.9 para o Ok Nefna Tysvar Ty. Vídeos com as músicas "Vanadis" e "Donar's Oak". Enjoy!


17 de agosto de 2010

Sinner - Crash & Burn(2009)



Por: Lucas Abreu
Não achei muita originalidade nesse cd... Mas acabei gostando mais dele do que da banda "Primal Fear". "Sinner" é um projeto paralelo do baixista da "Primal Fear", Matt Sinner, que neste álbum traz um repertório consistente e interessante. O que eu achei mais legal no Sinner foi a cara de pau dele de fazer músicas parecidíssimas com os grupos que admira. Às vezes eu olhava no visor do WMP pra ver se era Sinner mesmo que estava tocando ahahahahaha. Mas as canções são boas! Fiz até uma relação das músicas e as possíveis influências do Sinner na hora de compô-las:
Break the Silence - Lembra muito qualquer música do Accept
The Dog - Me lembrou um pouco o WASP
Heart of Darkness - Gostei mt dessa, me lembrou muito o Judas Priest
Revolution; Like a Rock; First to Face - Parecem saídas de um álbum do Saxon!
Mas tem aquelas homenagens realmente gritantes, que tu escuta e pensa: PQP esse cara é bem sem vergonha! Pois vamos à essas músicas:
Unbreakavble - Tributo gritante, sim gritante ao Thin Lizzy
Connection - Nessa o Sinner se supera e canta até com a mesma entonação do Phil Lynott!
Until It Hurts - Soa como se fosse um Scorpions com ancilostomose, não gosto de Scorpions e também não virei um grande fã dessa música.
Little Head - Cover do Malevolous 3 , soa bem alegre, mas não faz muita diferença...
No final das contas o Crash & Burn nem cheira e nem fede, não vais ser um disco que vai mudar a sua vida se tu escutá-lo, mas pelo menos trará alguns minutos de boa diversão! Vídeo "Break the Silence" .




15 de agosto de 2010

Cinema - Vestida Para Matar

Por: Lucas Sá

O estilo de Brian de Palma é algo digno de debate. Ele consegue extrair das suas cenas o máximo do suspense, e chega a ser cruel com seus espectadores por tal proeza. Em "Vestida para Matar" está em sua melhor forma ( na minha opinião seu melhor filme), com todos seus detalhes de cena, seus assassinos descontrolados psicologicamente e claro muita sensualidade.

O filme tem uma atmosfera que nos remete imediatamente aos noirs e aos giallos italianos, como assassinos com luvas e sobre-tudo, ruas escuras, mitérios revelados nas cenas finais. Isso resume bem o "mundo" criado em "Dressed to Kill", além desses aspectos visuais a trilha sonora composta por Pino Donaggio, já parceiro de De Palma em muitos filmes, é de excepcional qualidade sonora sendo sempre delicada e com grandiosas partituras que eleva ainda mais a beleza das cenas. Como a cena inicial do filme onde vemos Kate Miller (Angie Dickinson) tomando banho no chuveiro com seu parceiro quando ela passa a ser estrangulada e assassinada por ele, enquanto isso a trilha de Donaggio invade a cena relevando o que eu chamo de "a busca da beleza na feiura".

Há inúmeras cenas memoráveis. A cena do chuveiro, já citada ,é uma delas, mas sendo superior a ela a cena do flerte no museu que em seguida vira uma perseguição é uma das melhores, onde ele usa uma montagem simples aliada a planos sequência. A câmera acaba se tornando a visão subjetiva da personagem onde viajamos pelo museu a procura desse homem, onde nele ela procura uma aventura sexual para inovar o seu casamento fadado ao fracasso. Outra cena ainda melhor que essa é a do assassinato no elevador com uma navalha, em uma montagem que lembra a cena do banheiro onde Norman Bates é assassinada pelo dono do Hotel no clássico de Hitchcock "Psicose".

Brian de Palma é adorado e odiado por muitos, odiado pelo fato de ser considerado um plagiador de carteirinha do inglês Alfred Hitchcock, muito do roteiro de "Vestida para matar" tem influências digamos descaradas de "Psicose", onde a trama muda de rumo logo nos primeiros 20 minutos e assassino com problemas mentais travestizado atacam com suas facas e navalhas. Mas de fato o que De Palma faz não é uma cópia propriamente dita, e sim uma adaptação, pois a cena sempre se torna algo a mais do que a original.

De Palma é influênciado por Hitchcock e Tarantino é influênciado por De Palma.
Logo, Tarantino é influênciado por Hitchcock e De Palma.

10 de agosto de 2010

Livro/Roteiro - BASTARDOS INGLÓRIOS



Por: Lucas Sá
Tarantino é um dos melhores roteiristas e diretores atuais ( só atuais? ), com Bastardos Inglórios ele demonstra isso mais uma vez sem perder o humor negro típico do dito cujo. Ele começou a escrever o roteiro e depois voltou com a idéia em 2008, finalizando-o.
O livro contendo as escrituras da mente tarantinesca foi lançado pela "Amarilys" com 156 páginas em 2009 com perfeita qualidade em todos os quesitos ( a capa do livro ficou muito boa! ), sendo o roteiro original utilizado nas gravações. É curioso e não deixa de ser uma aula a forma como Tarantino escreve os seus roteiros, ele divide o filme em capítulos, o que é bem semelhante em Pulp Fiction e Kill Bill Vol. 1 e 2, isso é uma boa técnica usada como uma forma de passagem do tempo sem agredir o espectador com o famoso " Dez, trinta, mil anos depois..." .

É impossível falar de Tarantino sem mencionar os seus diálogos! Que é o fio condutor de grande parte de suas obras. Ele utiliza as banalidades faladas na vida real para iniciar os seus diálogos e os termina com uma revelação ao espectador ( isso foi menos usado em Kill Bill, eu digo MENOS! ). Em Bastardos o diálogo atua como uma espécie de motor gerador de suspense, onde cada fala dos personagens cria um meio de ativar a tensão da ação dramática em cena. Evolui assim, como uma escada, a cada degrau ( no caso, falas) ele nos leva a um grau de tensão do suspense proposto, onde no topo da escada culmina em cenas reveladoras ou de ação.

Um bom exemplo disso é a cena em que os Bastardos disfarçados em uniformes nazistas vão se encontrar em um bar com a atriz alemã Bridget von Hammersmark para acerta os detalhes da "Operação Kino", plano que pretende mandar o cinema de Shoshanna pelos ares junto com vários chefões da 2° guerra, o plano é fragilizado devido a presença de vários soldados nazistas no bar, um deles, com um cargo superior percebe que o sotaque alemão de um dos Bastardos soa estranho e vai procurar saber as origens desse sotaque distinto. A conversa entre os 3 Bastardos, a Atriz Alemã e o Nazista vai gerando gradativa tensão no espectador que no auge ( no topo da escada) é entregue a várias revelações e no fim a uma cena de ação com tiros, sangue e mortes.

Lendo o roteiro percebi que Tarantino em suas descrições de cenas não escreve com muito detalhe; em relação ao local da cena, vestimenta, trilha sonora... O que é contraditório, pois em todos os seus longas a riqueza de detalhes está em todo canto, seja no cenário ou no movimento de câmera. O caráter canastrão e canalha de Tarantino estão presentes até mesmo no roteiro de Bastardos, como nas descrições das cenas de vingança de Shoshanna e compania, onde ele usa palavrões para se expressar ( são as melhores partes! ).


" Shoshanna pega uma pequena arma e coloca no bolso de seu vestido, e está pronta. Ela sai do apartamento para participar da estréia. De agora em diante, não há volta. É até o fim baby! Até a PORRA do fim! "


No roteiro percebemos que várias cenas que eram para estar no filme foram retiradas na edição ou nem as filmaram, como:

- Shoshanna após terminar a conversa com o homem que exterminou sua família, o Coronel Hans Landa, de tanto medo, urina até formar uma poça amarelada no carpete do restaurante.

- Um flashback que revela o passado do Sgt. Donny Donowitz, o "Urso Judeu" (Eli Roth), onde ele pedia para as pessoas que tinham algum parente em perigo nas mãos dos nazista que escrevessem em seu bastão de baseball os seus nomes, como uma forma de vingança. Além de ele trabalhar como cabeleireiro em um salão (Hã?). Aliás, ele faz um lindo e formoso penteado na atriz alemã, para que ela vá a estréia de "O Orgulho da Nação" no cinema de Shoshanna com a patota nazista do momento!- O final do filme também tem várias cenas que foram modificadas do roteiro original.

TEN. ALDO
"Sabe de uma coisa, Utivich? Acho que essa
deve ser minha obra-prima!"

"Eles riem diabolicamente."