28 de setembro de 2010

Notícia - Michelle Rodriguez em paródia de "Cidadão Kane"

Por: Lucas Sá

Apareceu de repente um teaser de um filme intitulado "Citizen Jane" com Michelle Rodriguez doidona atirando e gritando com uma metralhadora enorme em cima de uma pedra com lava de vulcão em volta... HÃ ? Eu me perguntei!

Se trata do novo filme da musa/heroína/guerreira/matadora de zumbis! o filme faz uma paródia voltado para o lado "acão" do famoso filme de Orson Welles, "Cidadão Kane"(1941). Não se sabe muito sobre o processo de produção do filme, mas dizem que faz parte da comemoração de "aniversário" de 70 anos da imortal obra. Bom, o teaser ficou ótimo e trash, mas ele tem a possibilidade de não existir...

Muitos dizem que o filme faz parte de uma nova brincadeira dos "trailers falsos" feitos em Grindhouse. Sendo parte de uma forma de marketing para o novo filme de Michelle com Aaron Burns, que foi o especialista em efeitos especiais de "À Prova de Morte" e "Planeta Terror". Espero que isso seja mentira já que Michelle vem ganhando status em produções de filmes B como o ainda não lançado "Machete" ( Aêêêêêê!!! )

No final do trailer ela diz:
"É isso aí, vagabas. Eu farei qualquer coisa por minha Rosebud"

"Rosebud" é um trocadilho para se referir ao seu precioso orgão feminino. RÁ!



21 de setembro de 2010

Cinema - BUG ( Possuídos )

Por: Lucas Sá

BUG, que no Brasil recebeu o nome porco de "Possuídos" pela ligação do diretor William Friedkin com o filme " O Exorcista " ( fazem de tudo para conseguir lucro! ), é um filme de 2006, sendo baseado na peça da Broadway de mesmo nome, escrita por Tracy Letts, que no filme participa também como roterista, o que foi bem justo e adequado, digo isso por que só ela conseguiria transpor a peça para um roteiro sem perder as qualidades paranóicas da peça original.

William Friedkin que impressionou e assustou a todos na década de 70 com os efeitos de " O Exorcista", volta depois de vários fracassos a fazer o que considero o seu melhor filme, passando até mesmo por cima de seu maior sucesso já mencionado. Bug é um filme simples, com cenário simples ( o filme se passa praticamente em um quarto de hotel de beira de estrada ), mas que consegue provocar o espectador de forma irreversível. E o sucesso dessa característica se apoia principalmente na direção precisa de William e nas atuações realistas do casal "inseto" formado por Ashley Judd e Michael Shannon.

A personagem Agnes ( Ashley Judd ) é uma mulher depressiva que sofreu vários traumas no passado, essa introdução pode ser percebida logo na primeira cena em que Judd aparece na tela, o seu rosto está totalmente desfigurado e a " beleza " da atriz é escondida reforçando a ideia de uma mulher em degradação. Sua amiga traz Peter ( Michael Shannon ) para lhe fazer companhia, eles começam a converçar e acabam se envolvendo emocionalmente e sexualmente. Peter representa a forma masculina que Agnes desejava esquecer devido seus traumas, mas a aparente inocência e esquisitices de Peter faz com que ela resolva dar uma chance a esse homem que se diz " não se interessar por mulheres e nem homens " , tornando essa escolha o seu maior erro ou sua maior virtude de sua vida. Por um lado ela acaba virando um ventríloco nas mãos de Peter que influência em suas atitudes fazendo com que ela acredite que seus corpos estão infestados por insetos implantados por cientistas do exército e que precisam imediatamente tira-los de seus corpos, por outro lado essa pode ser a experiência de vida mais significativa de Agnes, por isso ela se joga totalmente nesse jogo psicológico de Peter, buscando assim um sentido para sua vida miserável.

O Roteiro e a direção não nos dão resposta claras sobre o ocorrido, mas nos direciona a vários possibilidades do que poderá ter acontecido para que Peter sofra essas pertubações, além disso não sabemos se é uma psicose esquizofrênica ou se é algo real essa manifestação de insetos. O filme se encarrega de mostrar somente os fatos, não se preoucupando em relação a verdade absoluta. Essa vertente acaba ajudando no desenvolvimento do filme, pois o espectador passa a adentrar de forma mais ativa nesse mundo proposto, assim a passividade da lugar a inquetude, numa busca de detalhes e falas do enredo que esclareçam nossas dúvidas como observadores.

O filme além de ser uma obra de horror físico e mental se destaca também pelo seu poder político. Isso se deve pelo fato de Peter alegar que era um soldado e que o próprio exército lhe fazia de cobaia para experiências pessoais, mas o caráter político pode ser observado também de forma menos clara contudo mais forte na relação entre Peter e Agnes onde ele controla suas ações e atitudes de tal forma que ele faz que ela acredite que insetos devoradores estão instalados em seus corpos da mesma forma que os governos e as potências superiores nos fazem acreditar que a Amazônia é um bem universal de todas as nações!

A montagem do filme evita cortes rápidos e acelerados nos focando mais na atução dos atores do que em cenas estilísticas. A trilha do filme é quase abandona por total, evitando incorporar truques dramáticos como sons de suspense ou de tensão de fundo, o que proporciona uma melhor semelhança com o real, sendo que esse " real " é quebrado em algumas cenas com a implementação de sons de helicópteros.


Esse é sem dúvida o filme mais experimental e ousado de William Friedkin, sendo premiado na mostra paralela " Quinzena dos Realizadores " em Cannes. O filme no Brasil foi distribuido pela Califórnia Filmes e lançado em DVD pela mesma sem nenhum extra em especial.