Por: Lucas Sá
Tarantino é um dos melhores roteiristas e diretores atuais ( só atuais? ), com Bastardos Inglórios ele demonstra isso mais uma vez sem perder o humor negro típico do dito cujo. Ele começou a escrever o roteiro e depois voltou com a idéia em 2008, finalizando-o.
É impossível falar de Tarantino sem mencionar os seus diálogos! Que é o fio condutor de grande parte de suas obras. Ele utiliza as banalidades faladas na vida real para iniciar os seus diálogos e os termina com uma revelação ao espectador ( isso foi menos usado em Kill Bill, eu digo MENOS! ). Em Bastardos o diálogo atua como uma espécie de motor gerador de suspense, onde cada fala dos personagens cria um meio de ativar a tensão da ação dramática em cena. Evolui assim, como uma escada, a cada degrau ( no caso, falas) ele nos leva a um grau de tensão do suspense proposto, onde no topo da escada culmina em cenas reveladoras ou de ação.
Um bom exemplo disso é a cena em que os Bastardos disfarçados em uniformes nazistas vão se encontrar em um bar com a atriz alemã Bridget von Hammersmark para acerta os detalhes da "Operação Kino", plano que pretende mandar o cinema de Shoshanna pelos ares junto com vários chefões da 2° guerra, o plano é fragilizado devido a presença de vários soldados nazistas no bar, um deles, com um cargo superior percebe que o sotaque alemão de um dos Bastardos soa estranho e vai procurar saber as origens desse sotaque distinto. A conversa entre os 3 Bastardos, a Atriz Alemã e o Nazista vai gerando gradativa tensão no espectador que no auge ( no topo da escada) é entregue a várias revelações e no fim a uma cena de ação com tiros, sangue e mortes.
Lendo o roteiro percebi que Tarantino em suas descrições de cenas não escreve com muito detalhe; em relação ao local da cena, vestimenta, trilha sonora... O que é contraditório, pois em todos os seus longas a riqueza de detalhes está em todo canto, seja no cenário ou no movimento de câmera. O caráter canastrão e canalha de Tarantino estão presentes até mesmo no roteiro de Bastardos, como nas descrições das cenas de vingança de Shoshanna e compania, onde ele usa palavrões para se expressar ( são as melhores partes! ).
Tarantino é um dos melhores roteiristas e diretores atuais ( só atuais? ), com Bastardos Inglórios ele demonstra isso mais uma vez sem perder o humor negro típico do dito cujo. Ele começou a escrever o roteiro e depois voltou com a idéia em 2008, finalizando-o.
O livro contendo as escrituras da mente tarantinesca foi lançado pela "Amarilys" com 156 páginas em 2009 com perfeita qualidade em todos os quesitos ( a capa do livro ficou muito boa! ), sendo o roteiro original utilizado nas gravações. É curioso e não deixa de ser uma aula a forma como Tarantino escreve os seus roteiros, ele divide o filme em capítulos, o que é bem semelhante em Pulp Fiction e Kill Bill Vol. 1 e 2, isso é uma boa técnica usada como uma forma de passagem do tempo sem agredir o espectador com o famoso " Dez, trinta, mil anos depois..." .
É impossível falar de Tarantino sem mencionar os seus diálogos! Que é o fio condutor de grande parte de suas obras. Ele utiliza as banalidades faladas na vida real para iniciar os seus diálogos e os termina com uma revelação ao espectador ( isso foi menos usado em Kill Bill, eu digo MENOS! ). Em Bastardos o diálogo atua como uma espécie de motor gerador de suspense, onde cada fala dos personagens cria um meio de ativar a tensão da ação dramática em cena. Evolui assim, como uma escada, a cada degrau ( no caso, falas) ele nos leva a um grau de tensão do suspense proposto, onde no topo da escada culmina em cenas reveladoras ou de ação.
Um bom exemplo disso é a cena em que os Bastardos disfarçados em uniformes nazistas vão se encontrar em um bar com a atriz alemã Bridget von Hammersmark para acerta os detalhes da "Operação Kino", plano que pretende mandar o cinema de Shoshanna pelos ares junto com vários chefões da 2° guerra, o plano é fragilizado devido a presença de vários soldados nazistas no bar, um deles, com um cargo superior percebe que o sotaque alemão de um dos Bastardos soa estranho e vai procurar saber as origens desse sotaque distinto. A conversa entre os 3 Bastardos, a Atriz Alemã e o Nazista vai gerando gradativa tensão no espectador que no auge ( no topo da escada) é entregue a várias revelações e no fim a uma cena de ação com tiros, sangue e mortes.
Lendo o roteiro percebi que Tarantino em suas descrições de cenas não escreve com muito detalhe; em relação ao local da cena, vestimenta, trilha sonora... O que é contraditório, pois em todos os seus longas a riqueza de detalhes está em todo canto, seja no cenário ou no movimento de câmera. O caráter canastrão e canalha de Tarantino estão presentes até mesmo no roteiro de Bastardos, como nas descrições das cenas de vingança de Shoshanna e compania, onde ele usa palavrões para se expressar ( são as melhores partes! ).
" Shoshanna pega uma pequena arma e coloca no bolso de seu vestido, e está pronta. Ela sai do apartamento para participar da estréia. De agora em diante, não há volta. É até o fim baby! Até a PORRA do fim! "
No roteiro percebemos que várias cenas que eram para estar no filme foram retiradas na edição ou nem as filmaram, como:
- Shoshanna após terminar a conversa com o homem que exterminou sua família, o Coronel Hans Landa, de tanto medo, urina até formar uma poça amarelada no carpete do restaurante.
- Um flashback que revela o passado do Sgt. Donny Donowitz, o "Urso Judeu" (Eli Roth), onde ele pedia para as pessoas que tinham algum parente em perigo nas mãos dos nazista que escrevessem em seu bastão de baseball os seus nomes, como uma forma de vingança. Além de ele trabalhar como cabeleireiro em um salão (Hã?). Aliás, ele faz um lindo e formoso penteado na atriz alemã, para que ela vá a estréia de "O Orgulho da Nação" no cinema de Shoshanna com a patota nazista do momento!- O final do filme também tem várias cenas que foram modificadas do roteiro original.
No roteiro percebemos que várias cenas que eram para estar no filme foram retiradas na edição ou nem as filmaram, como:
- Shoshanna após terminar a conversa com o homem que exterminou sua família, o Coronel Hans Landa, de tanto medo, urina até formar uma poça amarelada no carpete do restaurante.
- Um flashback que revela o passado do Sgt. Donny Donowitz, o "Urso Judeu" (Eli Roth), onde ele pedia para as pessoas que tinham algum parente em perigo nas mãos dos nazista que escrevessem em seu bastão de baseball os seus nomes, como uma forma de vingança. Além de ele trabalhar como cabeleireiro em um salão (Hã?). Aliás, ele faz um lindo e formoso penteado na atriz alemã, para que ela vá a estréia de "O Orgulho da Nação" no cinema de Shoshanna com a patota nazista do momento!- O final do filme também tem várias cenas que foram modificadas do roteiro original.
TEN. ALDO
"Sabe de uma coisa, Utivich? Acho que essa
deve ser minha obra-prima!"
"Eles riem diabolicamente."
"Sabe de uma coisa, Utivich? Acho que essa
deve ser minha obra-prima!"
"Eles riem diabolicamente."
mto bom, eu tive a oportunidade de ler (clandestinamente) esse roteiro, é mto empolgante '-' não vou dizer que é legal pq a gente ve o ponto de vista de Mr. Quentin e tals pq não é bem (não só isso). É bom ler pq nós entramos em contato com oque era pra ser passado no filme, é algo mais subjetivo... mais detalhado e simplesmente mais fácil de entender; não que isso seja uma vantagem, mas torna a obra mais rica em detalhes, ou melhor, essa é a obra, vista por angulos diferentes \z
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