22 de novembro de 2010

Cinema - A Guerra do Fogo


Por: Raissa Baldez

O filme aborda a trajetória de dois grupos de hominídeos e como seu modo de vida é articulado pela presença do fogo. No caso da 1ª tribo que é formada pelos homens, estes vivem em função de manter o fogo acesso, já que por serem rústicos e menos desenvolvidos não possuem o conhecimento sobre a técnica para originar o fogo, sendo atribuído a este uma configuração sobrenatural. Nesse sentido usavam da força bruta para protegerem-se, no caso estes são atacados por outra tribo acarretando o “roubo” do fogo, o que os leva a se esconderem no pântano para fugirem do ataque da outra tribo e de animais.
Para ter novamente a posse do “símbolo sagrado”, esta tribo sai em jornada utilizando como ferramenta de disputa a força bruta, atacando outra tribo primitiva de habito canibalesco que possuía uma fogueira. Após o ataque a esta tribo, os homens levam consigo uma mulher que era a “caça” da tribo canibal. Esta pertencia à outra tribo que já era mais evoluída, isso pode ser percebido por ela ter uma capacidade sócio-ocupacional mais sofisticada; ter uma linguagem mais complexa e definida; ter uma inteligência desenvolvida (no caso o conhecimento da existência de ervas com poder curativo de cicatrização) e por ter uma, estrutura física, na qual é esguia e de porte médio o que possibilita melhor locomoção.
Outro aspecto é que essa interação entre ambos os indivíduos possibilita uma troca de experiências e sentimentos. Nesse caso o homem passa a associar a figura da mulher como pertencente a si e tendo como necessidade de protegê-la. Contudo a mulher foge para sua tribo e não leva o fogo, o objeto de “cobiça” e único foco da tribo do homem. Na tentativa de reencontrá-la o líder do trio vai procurar a tribo da mulher, modificando dessa maneira a estratégia de sua tribo que é o domínio do fogo. Quando deparasse com uma oca (habitação) passa a redefinir sua percepção, isso é evidente quando ele “ataca” a oca pensando ser um animal, mas logo que avista e é capturado pela aldeia, este conhece um novo modo de vida,já que a 2ª tribo possuem habitações(ocas)-não sendo nômades;suas ferramentas são sofisticadas(no caso as lanças são menores e mais afiadas);uso de pinturas corporais;linguagem mais complexa;além de atribuírem as relações sexuais a uma concepção ritualística ,na qual o macho “diferente” tem o poder de evoluir a cadeia genética da aldeia.
Nesse sentido, o homem e a mulher passam a envolver-se ultrapassando de uma relação animalesca para uma relação casal, e neste aspecto além dessa experiência, o homem passa a usar do conhecimento adquiridos para seu próprio bem-estar (exemplo o habito de tomar banho). Quando fogem da aldeia dela e retornam a tribo do homem, os indivíduos do grupo “aprendem” com a técnica ensinada pela mulher de como originar o fogo, sendo por meio da atritação.Outro aspecto é que passa a existir a correlação de indivíduos de espécies diferentes e a evolução biológica pelo cruzamento.

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