19 de junho de 2011

Filmes que vimos essa semana que você deveria ver, ou NÃO!

Por: Airton Rener e Lucas Sá

A Rainha
Vermelha Mata 7 Vezes - 1972 (Nota 5,5)
Dir: Emilio Miraglia
Este é mais um típico Giallo das terras italianas! A grande diferença deste em relação a outros é a forma como a assassina é tratada no roteiro. Suas aparições são bem claras e expositivas, nós vemos o seu rosto e seu corpo antes do grande final, fato que é quase anulado em outros filmes do gênero, como nos filmes do Dario Argento. O roteiro elaborado pelo próprio Emilio Miraglia cai na mesmice e nas reviravoltas desnecessárias, mas o que torna A Rainha Vermelha um filme agradável visualmente é sua fotografia excepcional, com belos planos das lindas mulheres e suas mortes, e, sobretudo a trilha sonora composta pelo grande Bruno Nicolai, que já trabalhou nas trilhas de Três Homens em Conflito e Por uns Dólares a Mais, ambos de Sergio Leone - Lucas Sá

Dzi Croquettes - 2009 (Nota 8,0)
Dir: Tatiana Issa e Raphael Alvarez
Documentário brasileiro mais premiado dos últimos anos. Ao qual revela a trajetória e vida da companhia de teatro Dzi Croquettes, que revolucionou as artes e a relação dos homens frente sua sexualidade. O longa se traduz na forma clássica do documentário, com depoimentos de pessoas ligadas aos 13 integrantes do grupo, entre elas Claudia Raia, Marília Pêra e Liza Minnelli, a musa do filme Cabaret, e com grande acervo de filmagens caseiras. Mas a visão que reina é a da diretora estreante Tatiana Issa que é filha do cenógrafo Américo Issa, que fazia a parte técnica do espetáculo da trupe. Tatiana imprime a realidade de sua infância em que viveu com os que chama de "seus palhacinhos" de forma sentimental. Dzi Croquettes e seus figurinos extravagantes que espalham alegria e críticas, sobretudo em relação às ditaduras, desde Hitler ao golpe Nacional de 1964. - Lucas Sá


Lixo Extraodin
ário - 2010 (Nota 10)
Dir: Lucy Walker
Esse você deve assistir. O documentário cumpre seu papel demonstrativo da realidade e vai além das expectativas. Vick Muniz, conceituado artista contemporâneo, vai até Rio de Janeiro pra fazer um projeto diferente, de não apenas fazer a obra de ARTE, mas sim de mudar a vida de pessoas através dela. O documentário nos emociona do inicio a fim sem a necessidade de apelos sonoros, as imagens e os depoimentos falam por se só. Sem mais nada a declarar, lixo extraordinário é um luxo! - Airton Rener




Lady Snowblood II - 1974
(Nota 4,0)
Dir: Toshiya Fujita
Este é o maior erro que já fizeram! A maldição da continuação... Lady Snowblood II é tudo o que o primeiro não queria ser, apenas um filme de samurai. Toda a parte visual e estilistica do anterior são abandonadas nesta segunda parte, que se limita a cenas de ação bobas e sem criatividade, exceto a cena inicial que é o único momento em que se tem uma breve ligação com a estética inicial. O gore e a violência é bem leve e acaba sendo sobreposta por diálogos enfadonhos, até Lady Snowblood, interpretada pela bela Meiko Kaji, fala em momentos errados, perdendo sua característica fria do primeiro filme, o silêncio. Calma! Ainda tem espaço para mais erros, a trilha tema do filme, "The Flower of Carnage", cantada pela própria Meiko Keji, é retirada! O que terá acontecido a Toshiya Fujita? - Lucas Sá

Mr. Holland: Adorável Professor - 1995 (Nota 3,0)
Dir: Stephen Herek
Um dos filmes que mais se apóiam na narrativa clássica do cinema biográfico. Mr. Holland é um exercício de como fazer um filme certinho em cada cena e em cada ação. A variação da narrativa não flui, os personagens são chatos, o próprio protagonista se torna um herói cansativo. A duração do filme é outro fator que o deixa sem expressão e ritmo, são 2 horas e 20 minutos que duram uma eternidade! As transições de tempo e idade do professor são as mais toscas possíveis, com imagens reais de acontecimentos marcantes de cada ano, nada original né? A única cena que me agradou foi a implementação de uma cena do filme The Rocky Horror Picture Show, em quase imperceptíveis 2 segundos. - Lucas Sá


V de Vingança - 2006
(Nota 9,0)
Dir: James McTeigue
De quadrinhos à sétima arte, V de vingança é um filme altamente ideológico no qual o nome se refere imediatamente ao “A” de Anarquia. É com essa temática que o filme retrata muito bem o quanto “O estado” reprime e prejudica seus submissos diante do “O Contrato Social”. De caráter motivador e revolucionário o longa apresenta vários ensinamentos do nosso herói “V”, como ele diz “Idéias não são só carne e osso. Idéias são aprova de balas”. - Airton Rener




Vênus Negra - 2
010 (Nota 8,0)
Dir: Abdellatif Kechiche
Aproveitando o Festival Varilux de Cinema Francês, acabei me surpreendendo com está maravilhosa obra. Se referindo tanto à estatueta de Vênus pré-histórica e à Vênus de Milo, o filme aborda a exploração e a sensualidade em seu mais alto nível animalesco. Yahima Torres interpreta Vênus de Hotento, uma afrodescendente desvinculada dos padrões estéticos da Europa do século XIX. Ela é ridicularizada até que descobrem sua verdadeira sensualidade. Vênus Negra é um show de orgulho e preconceito. - Airton Rener

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