23 de dezembro de 2010

Revista General Especial - Ramones

Por: Airton Rener

Fim de ano e a equipe Lucas'sville pede desculpa pelo escassez de postagens nesse mês de dezembro. Mas pra quebrar o galho de vocês que são fãs e acessam diariamente o Blog ou que atualizam de hora em hora, trouxe uma coisa muito boa (pelo menos eu acho).

Enfim. Fui numa sebo procurar um livro e acabei achando outra coisa mais interessante; uma edição da revista General de "1900 e carne assada" sobre Ramones. A revista conta com fotos exclusivas, como a foto de Joey Ramones ao lado, e historias inéditas da banda contada por André Barcinski, um dos jornalistas mais próximo da banda e um sortudo por assistir como convidado especial as gravações da banda, ouvir demos nunca transformadas em disco e até mesmo acompanhar Johnny em convenções de filmes de terror.

E o melhor de tudo é que fiz questão de scanear a revista para compartilhar esse conhecimento tão maravilho e tão incrível sobre umas das mais chatas e melhores bandas do mundo (link do download no fim da postagem). Segue a baixo o editorial escrito por Rogério de Campos:

"I Don't Wanna Get Involved With You", "I Don't Wanna Walk Around With You", "I Don't Wanna Go Down To The Basemet", "I Don't Wanna Be Learned, I Don't Wanna Be Tamed". Os títulos das primeiras músicas dos Ramones já definem a banda. Definem por exclusão. Enquanto os Stones chocavam o mundo civilizado dos anos 60 anunciando o que queriam (sexo, sexo, revolução, um tanto de drogas e mais sexo), os Ramones inauguraram o tal movimento punk aunciando o que não queriam. E os Ramones não queriam muita coisa. Não queriam fazer musiquinhas de amor. Nem intermináveis solos de guitarra. Não queriam falar de assuntos que eram moda nas letras do rock anos 70; fadas e duendes interplanetários. Não queriam, para horror dos proguessivos, fazer um disco diferente do outro, "com um som novo, diferente". E não queriam, principalmente, se tranformar em babacas emplumados como os pop star de supergrupos (pode-se falar tudo contra Ramones, menos acusá-los de ser um "supergrupo").

O que eles fizeram foi dizer bem alto; NÃO! E isto serviu como detonador de uma revolução. "Eu não sei o que eu quero, mas sei como conseguí-lo", a famosa frase de Johnny Rotten, já tinha sido dita antes de muitas maneiras, pelos Ramones. Os Sex Pistols, Clash, Jam, Damned e tais têm o grande mérito de serem os primeiros a entender bem a mensagem. Se a fúria inicial foi o que detonou essa revolução, que inspirou a primaira geração punk, foi sua fidelidade aos seus propios principios que transformou os Ramones nos melhores exemplos para as gerações posteriores. Quando ouvimos toques de Ramones em, por exemplo, Raimundos, Little Quail, Muzzarelas, Graforréia Xilarmônica, não são toques daqueles Ramones de 75 ou 76, mas dos Ramones de sempre.

Clique aqui para download

Nenhum comentário:

Postar um comentário